segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

PENUMBRA

Eis senão que a luz se apaga, devagar, tão de mansinho, que passas as mãos nos olhos, devagar devagarinho procurando uma réstea que de luz te abra o caminho. Mas da luz já nada vês, uma penumbra somente, que embora lentamente também muito de mansinho te vai cobrindo de bréu o que de de esperança já fora. Tateias aqui, ali, sem saber que hás-de fazer, se continuar às escuras, se regressar denegrido ou, se permneceres imóvel, aguardando uma outa vez, prendendo-te sem remédio a qualquer réstea de esperança, que porventura ainda tenhas ou venhas a conseguir. Tives-te-la ali bem próximo, a um estender de braços mas por ti ou pelo destino deixaste que se enstinguisse..novamente, mais uma vez.

1 comentário:

  1. Penumbra é o que sinto neste momento,ser verdadeiro,sincero, confiar no ser humano é algo que nos transcende, eu pergunto de que vale a pena sermos verdadeiros?Tristemente da maneira mais cruel pude chegar a esta triste realidade.Dói muito traspassa como uma lança.Isso sim, é sabor fel,quando somos jovens ainda acreditamos e lutamos pelo aquilo que julgamos ser nosso,mas nunca o foi... Sim foi e sempre será.Mas em adulto vemos a vida de outra forma,ultrapassa-mos coisas que nunca imaginamos viver, se calhar por essa perspé tiva a dor é maior, estamos mais conscientes da nossa condição de SER humano,das nossas limitações,triste realidade quão fazes sofrer.E a penumbra nos envolve numa imensa escuridão....

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