quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A TÁBUA

Ei-la a correr, ao sabor da corrente, ora mais depressa ora mais lenta, depende da força e caudal das águas. Muitas vezes vai sózinha, outras, muitas, transporta na frente ou em cima, tantas, tantas coisas. Alegrias e desgraças, sonhos e quimeras. Por isso se lhe chama tantas vezes " a tábua da salvação". É-o de facto, muitas vezes. E que respirar de alivio quando a encontramos! Por outro lado, que pesar, que mágoa, quando a não temos, ou porque nos fugiu, ou simplesmente perdemos a oportunidade. Mas pior, pior ainda é quando ela está ali ao lado e não nos quer transportar. Porque acha que não deve, ou então porque não quer. E lá se fica à marcê da força das águas que ameaçam devorar-nos