segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

PENUMBRA

Eis senão que a luz se apaga, devagar, tão de mansinho, que passas as mãos nos olhos, devagar devagarinho procurando uma réstea que de luz te abra o caminho. Mas da luz já nada vês, uma penumbra somente, que embora lentamente também muito de mansinho te vai cobrindo de bréu o que de de esperança já fora. Tateias aqui, ali, sem saber que hás-de fazer, se continuar às escuras, se regressar denegrido ou, se permneceres imóvel, aguardando uma outa vez, prendendo-te sem remédio a qualquer réstea de esperança, que porventura ainda tenhas ou venhas a conseguir. Tives-te-la ali bem próximo, a um estender de braços mas por ti ou pelo destino deixaste que se enstinguisse..novamente, mais uma vez.